A extensão e Verticalidade de um campo negro apresenta a ideia de comunidade e pertença através de um grupo de flores que coabitam. Num primeiro instante, sensações de segurança e familiaridade guiam a atenção para o coletivo e as suas características comuns inerentes – o movimento na procura da Luz.
Por contraste, no lado oposto, nota-se o singular e a sua experiência individual, uma flor onde junto das suas raízes descansam as suas infinitas possibilidades de transformação.
Tentativas de crescimento, evolução e novas formas de vida, por instantes se limitam à devoção cega. Com as flores, as emoções tornam-se reais e mais palpáveis.
Nesta exposição quebra-se a parede que separa o círculo doméstico do público, expondo as suas oposições e inquietantes semelhanças, confrontando-os até à sua diluição. Uma mensagem de reciprocidade afetiva onde os elementos escultóricos fazem questionar os papéis de todos os envolventes nas relações interpessoais – o Eu, o Outro e o ambiente em que nos inserimos e criamos.